segunda-feira, 27 de junho de 2016

Game of Thrones: A série do momento finaliza a sua sexta temporada

Atração televisiva exibida pela HBO é sucesso mundial e, promete outras grandiosas histórias na sequência 





Por Paulo Henrique Faria   

            E a série que todos nós aprendemos a amar, Game of Thrones, encerrou ontem (26) mais uma temporada. A sexta e emblemática. Agora nos resta esperar, ansiosamente, por abril de 2017. Baseado no que aconteceu nesses últimos episódios e, ao longo de toda a trama, comento aqui os pontos principais e um possível desenrolar da história, que já se encaminha para o seu glorioso desfecho. Só temos mais duas “Seasons” para acompanhar se Daenerys vai enfim assumir o “Trono de Ferro” e se os humanos derrotarão os “Vagantes Brancos” na batalha final.  
             
            Bem, esse texto, aviso desde já, virá carregado de spoilers. Recomendo que veja toda a sexta temporada e, também o derradeiro episódio. Isto dito, falo agora sobre a grandiosidade destes dois últimos capítulos. O nono, denominado “The Battle of the Bastards” foi excelente do começo ao fim. Sem dúvida alguma o melhor de toda a série. Cenas alucinantes, com altas referências ao “O Senhor dos Anéis”. Perfeitamente normal, uma vez que George R.R Martin é fã confesso de J.R.R Tolkien. Jon Snow e Sansa Stark se vingaram do calhorda do Ramsay Bolton direitinho. A marca “Pedigree” já prometeu estudar a possibilidade de fazer uma ração pra cachorro com o nome do canalha! Aliás, Ramsay superou com folgas o odioso Joffrey Lannister, como vilão mais detestável. Acho que sofreu pouco, mas, ele foi é tarde. No outro núcleo, em “Meereen”, a mãe dos dragões apresentou mais um espetáculo com “seus filhos”. Literalmente pois fogo em alguns dos barcos dos usurpadores que ousaram tomar seu poder. De quebra, os irmãos da “Ilha de Ferro”, Yara e Theon Greyjoy acertaram uma parceria com a senhora Targaryen.    

    

            O décimo episódio, “The Winds of Winter”, não foi brilhante como seu antecessor, mas reservou grandes revelações para os seus 69 minutos de duração. Na primeira parte, a ardilosa Cersei Lannister não foi ao seu julgamento e, de quebra mandou tudo pelos ares. Isso mesmo, ela planejou com seus aliados em “Westeros” alocar líquidos explosivos (Fogovivo) embaixo da catedral. Assim, bem longe dali assistiu de camarote seus principais rivais virarem cinzas. Morreram, portanto, o Alto Pardal, Loras, Margaery e Mace Tyrell, além do tio da loira Lannister. O “rei-moleque” do Tommen também viu tudo afastado, pois foi impedido pelo “Montanha” de seguir até o local da tragédia. Pouco depois do ocorrido, não aguentou a pressão e se auto defenestrou! Exato, ele se matou! E assim, sem nenhum filho vivo, Cersei Lannister assumiu mais uma vez o trono. Em Winterfell Jon Snow é aclamado como Rei e, pouco depois, por meio de uma visão do passado de Bran, descobrimos a maior revelação desta sexta temporada. Jon Snow de bastardo não tem nada. Isso porque ele na verdade é filho de Lyanna Stark com Rhaegar Targaryen. Rhaegar é o irmão mais velho de Daenerys e assim, ela é a tia de Jon, que por sua vez é primo de Sansa, Arya e Brandon. Na visão é possível ver Lyanna dando à luz um menino. Logo depois de fazer o parto, já no seu leito de morte ela disse a seu irmão: “Se Robert descobrir, ele vai... Você sabe que ele vai. Você precisa protegê-lo. Me prometa, Ned”. Assim Ned Stark voltou para Winterfell falando que o bebê era seu filho bastardo. Fica nas entrelinhas aqui, a paixão entre Lyanna – que era noiva de Robert Baratheon – por Rhaegar. No finalzinho, mais duas cenas destacáveis. Arya muda de face, vai até o Correrio e mata o velho decrépito do Walder Frey. De quebra ela fez picadinho dos filhos assassinos de Frey. A vingança tomou conta deste final pelo visto. Na cena que encerra, vimos o tamanho do poderio bélico que Daenerys montou. Frotas e mais frotas de navios, com os “Imaculados”, Dothraki”, “Greyjoy”, “Dorne”, “Casa Tyrell”, três dragões e vários outros aliados. A esquadra agora ruma para King’s Landing. Segura que eu quero ver!  


             
            Teorias para o futuro de GoT
 

            Finalizada mais uma temporada, formulo algumas teorias do que pode acontecer de agora em diante. Ao analisar detalhes dos livros e o desenrolar da série, acredito que Daenerys vai chegar arrasando os Lannisters e seu exército em King’s Landing. E assim, vai obviamente se sentar no trono mais desejado de todos. Não será fácil, mas com o poderio que, agora possui, fica difícil alguém bater de frente. Como existem três dragões, e a profecia é que a casa Targaryen seja liderada por um dragão de cabeça tripla, surgiu a teoria de que o segundo dragão pode ser comandado por Jon Snow e, o terceiro por Tyrion Lannister, que pode ser outro Targaryen. Mas por que o Tyrion??? Ora porque assim que executou Tywin Lannister, o velho soltou “eu não sou seu pai!” para o anão. Isto nos leva a crer que o “Rei Louco” pode ter engravidado sua mãe, Joanna Lannister na época. Segundo relatos, ele era fissurado na mesma. Soma-se o fato do desprezo que os “leões” carregavam pelo pequeno e claro, naquela parte em que Jorah Mormont contrai Escamagris e Tyrion não. Além do fato que Tyrion se encontrou com os dragões e eles nada o fizeram. Essa imunidade é digna de um Targaryen. Daenerys é imune ao fogo, Jon ressuscitou; e Tyrion não pega essas doenças contagiosas. Se for verdade, será sensacional, pois se trata dos três personagens – na minha opinião – mais fantásticos de todo o GoT. Além disso, depois de acertado este ponto, acredito que na oitava e derradeira temporada, todos os exércitos remanescentes travarão a difícil guerra entre vivos e mortos, com a vitória – com muito custo – dos humanos. É esperar para ver. Só sei que gosto muito desta série. Parabéns à HBO pela realização de uma produção deste nível. Isso engrandece a TV mundial. Um salve para o grande George R.R Martin. Seria ele o Tolkien do nosso tempo? Provavelmente sim. E agora, que venha a sétima temporada! 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Ciro Gomes foi homenageado em Goiânia nesta sexta

Político pedetista recebe pela segunda vez a honraria, oferecida pelo colega de partido, o vereador Paulinho Graus 

  
Por Paulo Henrique Faria

Nesta sexta-feira (24) na Câmara Municipal de Goiânia, pela segunda vez, foi concedido título honorário de cidadão goianiense ao político Ciro Gomes. Carinhosamente chamado por seus seguidores, como o “Cirão da Massa”, o ex-governador do Ceará agradeceu aos presentes, em especial ao vereador local, Paulinho Graus (PDT). O parlamentar foi o autor da homenagem para, o agora, presidenciável em 2018. Além de Ciro, outras figuras importantes pedetistas estiveram presentes, como o presidente nacional da sigla, Carlos Luppi e o ex-ministro Manoel Dias (Também agraciado com a honraria).   

            Ciro Gomes é escritor, professor, advogado e economista. Já foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da fazenda no governo Itamar, ministro da integração de Lula e, por fim, deputado federal. Afastado da política desde o final de seu último mandato, há seis anos, o político cearense passou rapidamente pela Capital de Goiás, nesta sexta. Em seu discurso, enfatizou figuras históricas como o fundador do PDT e ex-governador Leonel Brizola, além dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart. Contou ainda, sobre a sua origem familiar e a ligação, maior na oportunidade, com Goiânia. “Eu tenho o privilégio de nascer de uma família modesta de servidores públicos. Mas que me deram valores muito preciosos, que eu tento transmitir para os meus filhos e, agora já pra minha netinha. Mas eu não pude escolher. Muitos não têm essa sorte. Nascem em lares destruídos. Nascem em lares infelicitados pela violência, pela droga. É uma honra e uma distinção muito especial. E esse é o meu primeiro sentimento. Um sentimento de profunda gratidão ao povo de Goiânia, ao povo de Goiás por terem, pela sua representação mais legítima, vereadores e vereadores, me feito irmão e filho desta cidade e desta comunidade”, comenta.   

Fez questão de saudar seu anfitrião, o vereador Paulinho Graus, companheiro de partido e, fazer mais uma vez referência ao município goiano no qual visitou. “Por isso Paulo (Graus), eu quero agradecer a você com muito entusiasmo, com muito carinho. Essa cidade tão querida, tão amada, tão linda, que todo brasileiro, como eu, a conhece e vê crescer de longa data. Eu não posso ser um filho de Goiânia por mero protocolo, por mera gentileza. Doravante, as suas questões, são as minhas questões. Suas vicissitudes, seus dramas. São os meus dramas e os meus padeceres. E eu quero me oferecer para estar à altura dessa honraria que estou recebendo hoje”, revela.   

            No decorrer de sua fala, fez questão de apontar as falhas que a economia brasileira carrega. Explicou ainda, que a crise econômica é reflexo do conturbado cenário político que vivemos nos últimos anos. Como de praxe, bateu fortemente no presidente interino Michel Temer (PMDB) e aliados atuais. “Por cima disso uma crise política rasga a constituição brasileira. Repudia a supremacia popular. Que se pensava ser o único e definitivo caminho, por onde alguém pudesse chegar ao sagrado posto de chefe da nação. Para empoderar golpistas, chefes de quadrilheiros, corruptos, salafrários”, condena.
           
 Crise Econômica

O ex-ministro da fazenda, formado em economia pela renomada Havard, alertou que “talvez nós estejamos, meus compatriotas, no pior momento da história republicana brasileira de todos os tempos”, dispara.  Para ele, a recessão sempre atinge o lado mais humilde desta história, que é o trabalhador. Contou ainda, que a exportação ficou comprometida, de modo que os produtos vendidos despencaram de preço lá fora. Ressaltou também a importância do Estado de Goiás na agropecuária nacional. “E o Centro-Oeste, que carrega o Brasil nas costas. Goiás que é um pedaço desse lugar de trabalhadores de grande valor. Sabe bastante bem o que eu estou dizendo”, pondera.   

Ciro explicou de forma didática aos presentes, sobre a vertiginosa desvalorização de recursos minerais do Brasil. “Nós vendíamos uma tonelada de minério de ferro há dois anos atrás por 190 dólares. Chegamos a vender agora por 38. E toda pequena mineração brasileira quebrou. Nós vendíamos, quando organizamos a lei de partilha, que agora querem revogar para alienar nossas riquezas, vergonhosamente ao interesse estrangeiro. Nós vendíamos o barril de petróleo a 110 dólares. Agora despencou pra 30”, ensinou. 

Gomes também citou o vindouro agravamento da crise com a aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia, na manhã desta sexta. “É um problema internacional, que hoje, dramatizado pela possível saída da Inglaterra da Comunidade Europeia. Um momento internacional terrível. Que desestabilizará ainda mais a economia global. Com prejuízos completos, para a vida do povo brasileiro. Isso não é uma conversa de economista. Não é uma conversa de tecnocrata. Isso esmaga, basicamente o jovem brasileiro. Que já na conta de 1 a cada 4, estão desempregados”, afirma.   

Crise Política

Ciro Gomes vociferou categoricamente uma vez mais contra os golpistas do PMDB. Ele disse que atualmente o Brasil tem 12 milhões de desempregados e, que com as práticas neoliberais de Temer e Meirelles, o número pode chegar aos 15 milhões, no fim do ano. “Já não basta o tamanho do problema que estão vivendo. O travo amargo do medo do povo e da desconfiança. De uma agenda que pretende ainda este ano, sem refletir e discutir com ninguém, revogar direito essenciais, revogando a própria constituição de 88”, conclui.  


Veja na íntegra, vídeo com todo o discurso de Ciro Gomes na solenidade:    







segunda-feira, 20 de junho de 2016

Goiânia Rock City e seus bons shows esporádicos

Produtores culturais goianienses acertam e erram na escolha de atrações roqueiras para a cidade    
  



          

 Por Paulo Henrique Faria 


Muitos da grande mídia brasileira adoram reforçar o – tolo – estereótipo do goianiense como um apreciador somente do sertanejo. Digo isso, porque faço parte da forte cena roqueira da Capital de Goiás, desde o início da minha adolescência. Festivais são muito importantes para essa prevalência contracultural. Dentre eles, destaco os já tradicionais “Goiânia Noise”, “Vaca Amarela”, “Tattoo Rock Fest”, entre tantos outros. Entretanto, nos últimos dois anos houve uma queda considerável de vindas de bandas de renome do cenário nacional e internacional. Talvez por medo dos produtores em apostar. Quem sabe ainda, na falta de interesse do público mesmo. Porém, nas últimas semanas fiquei animado de novo com os anúncios dos próximos shows que estão por vir. Sepultura, Angra e Ira! virão aí. Já é um bom aceno, mas pode melhorar ainda mais.   

            Depois das grandiosas apresentações do Deep Purple (2003), Megadeth e Scorpions (Ambas em 2008), além do Black Label Society (2011), a cidade teve um hiato de shows de grupos do alto escalão global. Essa sina só foi mudada em 2013, quando o icônico ex-Beatle Sir James Paul McCartney fez um concerto para mais de 40 mil pessoas, no Estádio Serra Dourada. A partir daí se esperava que Goiânia voltasse à rota de grandes apresentações. Mas não foi bem assim. Teve os americanos do Stryper (Sucesso do Hard Rock e Heavy Metal nos anos 80) em dezembro de 2014 e só. Aliás, uma apresentação desse tamanho não poderia ter ocorrido em uma igreja evangélica para 800 pessoas. O ideal seria a realização no Centro Oscar Niemeyer, para uma plateia superior a 5 mil espectadores. Nesse aspecto de trazer poucos artistas do mundo, boa parte da culpa, acredito eu, é atribuída aos produtores locais. Muitos preferem arriscar no clichê “mais do mesmo”. Com o intuito de tentar garantir a renda mensal. Faltou e, falta ainda, ousadia dos envolvidos para bancar a vinda dessas grandes figuras para cá.  

            Mas essa limitação de opções no espectro do rock, não é exclusiva aos gringos. Grandes nomes do Heavy Metal Brazuca, se quer são chamados. Exemplo? Os ótimos gaúchos do Hibria. Os caras são ídolos no Japão e possuem CDs e DVDs muito elogiados pela crítica especializada. Eles tocaram aqui apenas em 2010, por iniciativa de um produtor independente (Adriano Alves). Adriano aliás, foi o responsável direto pela vinda do Black Label Society, mas, acabou desanimando e desistindo da organização de eventos. O motivo foi a falta de força de vontade? Não, pura falta de apoio mesmo dos demais selos culturais. Nesse detrimento de atrações, posso citar também os casos de Almah (Não vem há seis anos); Hangar (Não vem há quatro anos) e claro, o mais emblemático de todos, o expoente Angra, que não pisa aqui já faz longos nove anos. Mas essa situação dá mostras de que pode mudar. Isso porque o próprio Angra fará show no Bolshoi Pub, no próximo dia 11 de agosto. Aliás, cabe aqui uma menção honrosa ao local. O Bolshoi já trouxe Glenn Hughes, Paul Di’Anno, Blaze Bayley, U.D.O, Nazareth e muitos outros. O proprietário, Rodrigo Carrilho é um batalhador, pois, mesmo com todas as dificuldades mercadológicas sempre dá um jeito de bancar o alto nível das atrações roqueiras. A última vez que o Sepultura tocou aqui foi exatamente lá, em comemoração aos dez anos da casa. Falando neles, o quarteto mineiro de Thrash Metal – E maior nome do Metal brasileiro – será o headliner do festival Goiânia Noise, no próximo dia 5 de agosto. No dia seguinte, a Atlanta Music Hall organiza o show de dois ícones do rock brasileiro oitentista. Ira! e Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii) desembarcam em Gyn. Ou seja, em duas semanas teremos aí quatro apresentações nacionais de impacto. Grande iniciativa! Ponto para os produtores nessa. 



Todavia, outra ressalva que faço é quanto à aposta repetitiva de alguns produtores que, insistem na vinda de grupos – na minha opinião de qualidade duvidosa – como o jocoso Matanza e a fraca Fresno. Com tantas bandas legais e, até com mais público que esses caras, a “Monstro Discos”, “Fósforo Cultural” e “Construtora Música e Cultura”, ficam neste círculo vicioso de seis em seis meses contratar os caras pra fazer show. Vira o disco galera! No campo do Metal mesmo, só trazem agora Krisiun e Korzus. Curto e respeito os caras, mas, eles precisam revezar com outras figuras do mesmo tamanho. Afinal, o Metal possui vários estilos e, seus fãs são sempre fiéis. Por que não trazer um Andre Matos? Toda vez que o cara traz um público bem relevante. O Dr. Sin demorou quatro anos pra tocar aqui novamente. Agora, infelizmente a banda acabou e não vamos ter outra oportunidade – pelo menos por agora – de assistí-los por estes lados. É preciso, de certa forma, redemocratizar a cena. Como fora na década de 1990 e início dos anos 2000. Dinheiro eu sei que têm. Existe muito patrocínio estatal (captação de verbas do fundo cultural) e privado como ajuda. Fica aqui a crítica, construtiva, para os produtores e donos de casas de shows goianienses. Vamos fortalecer ainda mais a nossa amada Goiânia Rock City? Eu tô dentro!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Por um mundo com mais controle de armas e menos homofobia!

         

 Por Paulo Henrique Faria  


        O que acontece com o mundo atualmente?! Esse questionamento me veio à cabeça ontem, logo quando acordei e vi a triste notícia de que 49 pessoas haviam sido covardemente assassinadas na cidade de Orlando, nos Estados Unidos (EUA). O local, uma boate do público LGBT (Pulse) foi invadido pelo psicopata Omar Saddiqui Mateen, que com um revólver e um fuzil atirou – sorrindo, segundo relatos – contra todos os presentes.   

Além do crime terrível, me chocou também a, já recorrente, relativização que costumam praticar nesses casos. Primeiro, vi que alguns indivíduos – brasileiros e americanos – afirmavam que o massacre ocorreu porque Mateen era muçulmano e de origem afegã. Claro, é muito mais fácil acusar o “Terrorismo do Islã” do que assumir o fato que por lá se compra armas e munição no mercado da esquina. É obvio que o cara era um desajustado. Pode ser que tenha ligação sim com os canalhas do “Estado Islâmico”. Entretanto, o problema vai muito além desta simples imputação de culpa xenofóbica. A cultura bélica e falta de regulação das vendas levam às chacinas, como fora muito bem exposto pelo brilhante diretor Michael Moore, no documentário “Tiros em Columbine”. É preciso ter um controle cada vez mais rigoroso em relação aos armamentos na sociedade estadunidense. Quantos mais vão ter que morrer para que isso seja posto em prática?! Se depender do estúpido presidenciável Donald Trump, nunca! Espero que Hillary Clinton, se eleita, ponha em prática esse anseio de uma boa parcela da população daquele país.  

O segundo item que me deixou estarrecido foi o fato de que um número expressivo de usuários da internet comemorou o acontecido. Em um puro ato de homofobia, despejavam seu ódio contra as vítimas, apenas por terem a orientação sexual diferente do padrão estabelecido pelas igrejas. Se nos EUA esses imbecis têm como líder o bobalhão do Trump, aqui no Brasil essa laia é formada por fãs do deputado e, fascista declarado, Jair Bolsonaro. Este, já vociferou frases do tipo: “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”. Disse também: “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater”. Entre outras sandices que só visam atingir a todos os gays e lésbicas. Esse discurso incita ainda o cometimento de crimes absurdos, como o caso do menino morto de oito anos na Villa Kennedy e, mais recentemente com o outro garoto da mesma idade, que teve seu fígado dilacerado apenas por gostar de lavar louças. Ambos, tiveram como agressores seus respectivos pais. Querem provas concretas de que esse "Boçalnaro" corrobora para esses crimes? Pois bem, vejam o print abaixo: 




            Esse crescimento da “onda conservadora” pelo mundo me assusta em dados momentos. Será que as pessoas não conseguem conviver com quem é diferente delas??? O fundamentalismo religioso e o extremismo ideológico devem sobrepor a humanidade e suas diversidades??? Não me interessa se foi um terrorista da “ISIS” ou um membro da Ku Klux Klan! Na madrugada de sábado pra domingo 49 pessoas perderam suas vidas, apenas por terem sua orientação sexual diferente de seu algoz! Chega de intolerância! Chega de homofobia! Chega de fascismo!   ‪#‎ControleDeArmasJá!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Saudades de quando dava gosto ver a Seleção jogar

Por Paulo Henrique Faria 



           A… bons tempos aqueles que a Seleção Brasileira era formada por grandes nomes do futebol mundial, como: Taffarel, Romário, Bebeto, Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho! Todos craques! A minha geração passou a gostar da seleção canarinho por causa do êxito desses caras em 1994 e, depois, em 2002. Além do Tetra e o Penta conquistados, possuíam eficiência tática e uma técnica envolvida bem acima da média.   

O mesmo não se pode falar do time de hoje, comandado pelo duvidoso Dunga. Que aliás, não tem experiência como técnico, uma vez que só dirigiu o Internacional por uma temporada, depois da primeira passagem medíocre pelo comando técnico da CBF. E ao que tudo indica, essa segunda passagem do gaúcho tem tudo para ser ainda pior que a inicial, há seis anos. Além do aproveitamento pífio nos amistosos e demais competições, o Brasil está no vergonhoso 6º lugar nas Eliminatórias da Copa. Não ganha jogos importantes. Não tem padrão de jogo. O Dunga convoca mal, escala errado e mexe sem coerência alguma. Esse time tem tudo para passar mais vergonha que o do Felipão na última Copa do Mundo.    

A Copa América Centenário começou no último final de semana e só endossou a minha desconfiança. Tudo bem que Neymar não pôde jogar e que alguns jogadores importantes estão machucados. Agora, por que diabos o Dunga segue batendo cabeça nas suas escolhas?! Alguém me explica o indivíduo levar o bom Lucas Moura (PSG) como terceira opção e só colocar o cara nos finais de jogos??? Tirar Gabriel e Lucas Lima do Santos, para os mesmos só esquentarem o banco??? Com Ganso como opção para armação do meio-campo, insiste – burramente – em Renato Augusto e Elias?! É pra acabar, mesmo!  Ao menos ele finalmente acertou com a convocação e titularidade do Casemiro. O volante teve que ser campeão – jogando – com o Real Madrid pra conseguir seu espaço no time brasileiro. Acredito que chegou também a hora de Marcelo e Thiago Silva retornarem, hein! 

Essa análise não é só minha. É também explanada por comentaristas e ex-atletas, como o craque Rivaldo. Que aliás, desabafou o seguinte no seu perfil do Facebook: “Ontem senti uma grande tristeza quando assisti ao jogo do Brasil e vi que o camisa 10 estava no banco de reservas. Antes esta camisa era uma referência para nossa Seleção. Já que Neymar, o nosso camisa 10, não está na Copa América, a numeração ficou com Lucas Lima, um ótimo jogador, que só teve oportunidade aos 40 minutos do segundo tempo. Na minha opinião, Lucas Lima ou Ganso merecem ter mais oportunidades. Se não tiver um 10 em campo, o primeiro a ser sacrificado vai ser o Jonas, que não vai ter oportunidades de gol, pois a bola não chega", afirma. Concordo em número, gênero e grau com o ex-dono da 10 na Seleção e no Barcelona! Se a redonda não vem para o centroavante, pode ser o Van Basten que não faz milagre. Philippe Coutinho e Willian são bons jogadores, mas não têm essa caraterística. Acredito que Lucas Lima ou Ganso devam começar jogando pra fazer justamente esse papel de articulador.   

É... galera, acho que o Dunga não passa da retomada nas Eliminatórias contra o Equador não... Diante do cenário desfavorável, eu pergunto: não seria a hora de arriscar em um técnico estrangeiro competente? Ou mesmo tentar com o melhor brasileiro em atividade, o Tite? Certo mesmo é que a Seleção Brasileira está, ainda, envolvida em corrupção e má gestão. Isso claramente reflete no comando técnico, o que obviamente é ruim. E não adianta eles jogarem a culpa na “entressafra de grandes jogadores”. Isso não é verdade. Temos bons e jovens nomes que podem evoluir e trazer de volta o respeito ao nosso esquadrão canarinho. Basta que o comando esteja nas mãos certas. Se isso é uma tarefa fácil ou complexa? Não me interessa, eu quero é o hexa!