segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Segundo turno entre Ciro Gomes e Geraldo Alckmin?

 Em cenário sem Lula, a disputa entre o pedetista e o tucano fica acirrada. Marina Silva e Jair Bolsonaro devem desidratar no decorrer da campanha







 Por Paulo Henrique Faria 


     O instituto Datafolha divulgou no último sábado (02/12) o resultado de mais uma pesquisa de intenções de votos para presidência em 2018. Nas manchetes dos principais sites e jornais só deram destaque para a manutenção da bipolaridade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (Patriotas), os dois primeiros colocados dos últimos levantamentos feitos em 2017. Veja abaixo os números com os principais pré-candidatos: 


Entretanto, o que quase ninguém mencionou é que no cenário sem o Lula - essa situação é provável, haja visto que o ex-presidente pode ser condenado e ficar impedido de concorrer - é que Bolsonaro cresce pouco. A ex-ministra Marina Silva (Rede) - terceira colocada no geral - aumenta sua pontuação, mas fica praticamente empatada tecnicamente com ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT).  Ciro Gomes aliás,  salta de 6% ou 7% para 12% e até 13%. Ou seja, sem Lula na disputa Ciro Gomes sobe para terceira posição e até a segunda, nos cenários em que Marina está fora. Vejam a seguir: 




Outros dois fatores importantes a se considerar é que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin - que deverá ser o candidato do PSDB - já conseguiu resultados mais expressivos que o seu apadrinhado, o prefeito paulistano João Doria. Entretanto, Geraldo fica estagnado em terceiro ou quarto lugar e não avança, ainda, pois Bolsonaro herdou parte expressiva dos votos peessedebistas. Além disso, o ex-prefeito Fernando Haddad não passa de 4% de intenções, mesmo quando o companheiro de partido Lula sai da disputa.  

     Um quesito que faltou análise é no que tange rejeição. No levantamento foi ratificado o alto índice de reprovação de Lula (39%) e, agora, também Jair Bolsonaro (28%). Dos principais candidatos ao Palácio do Planalto, o que tem menor rejeição é justamente Ciro Gomes, que aparece com 22%. Este índice é relevante pois mostra quem pode ou não crescer na campanha eleitoral do ano que vem. Dados completos:  



Em suma, o que é perceptível é que se Lula ficar mesmo fora das eleições, o Partido dos Trabalhadores não tem outro candidato para lançar. Tanto Jaques Wagner, quanto Fernando Haddad não engrenam, mesmo se o cacique petista tentar transferir votos. É nesta seara que Ciro Gomes pode se dar bem, haja visto o currículo que possui e a contundência nos argumentos e projeto de governo. Ciro talvez seja o candidato com maior potencial de votos, porque tem rejeição menor, um grau de conhecimento dos eleitores médio e pode assim, pelo discurso agregador, conseguir votos de todos os espectros ideológicos. Nos debates e campanha oficial pode abocanhar parte dos eleitores de Bolsonaro, Marina e até Alckmin. 

Sem Lula, Ciro certamente irá para o segundo turno. Além disso, o "efeito Bolsonaro" dá sinais de esgotamento, pois já está no seu teto de intenções de votos - que podem facilmente ser migrados para a Direita e até a Esquerda - e uma rejeição elevada, para um candidato ainda não muito conhecido da população geral. Desta forma, Geraldo Alckmin provavelmente irá crescer. Isso porque o tucano terá as máquinas paulistas e paulistanas ao seu dispor; capilaridade pelo País com o PSDB e uma provável coalização com PMDB, DEM, PSD, PTB & Cia; além do maior tempo de TV e Rádio, apoio maciço da grande imprensa, do Mercado e, até da parte mais conservadora, dos Católicos e Evangélicos. O meu palpite é que Luiz Inácio Lula da Silva deverá ter sua condenação reformada na segunda instância. Ele poderá pegar uma leve prisão domiciliar de 4 ou 5 anos, o que o tira da corrida presidencial e, de quebra, dos palanques pelos municípios do Brasil afora. Desta maneira, o segundo turno deverá ser entre o nome mais forte da centro-esquerda, que é Ciro Gomes, contra o representante da centro-direita, Geraldo Alckmin. Anotem e me cobrem daqui 11 meses se eu estiver errado! 

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Fundação Leonel Brizola de Goiás inicia projeto educacional

Aulão do Enem, organizado pela Fundação Leonel Brizola e o PDT Goiás teve abertura no último sábado   

     Foto: Paulo Henrique Faria - Professor Giu Vasconcelos deu dicas de como se dar bem na hora da redação 





Por Paulo Henrique Faria  


  No último sábado (12/08) em Goiânia (GO) foi iniciado o projeto "Aulão Preparatório Enem", atividade desenvolvida pela Universidade Leonel Brizola (ULB), a Fundação Leonel Brizola e Alberto Pasqualini (FLB-AP), em parceria com o gabinete do deputado estadual Karlos Cabral (PDT-GO) e o Centro de Referência da Juventude (CRJ). Estiveram presentes na inauguração da iniciativa educacional, o vereador pedetista por Goiânia, Paulinho Graus, o membro da executiva nacional do PDT Leonardo Zumpichiatti, o assessor parlamentar Artur Moreira, além de Aluísio "Black", que é presidente do Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (CENEG-GO) e coordenador do CRJ.   

As duas primeira aulas foram ministradas pelos professores convidados Giulliard Vasconcelos (Redação, Português e História) e Ronado Lopes (Geografia e Neurolinguística), popularmente conhecido como "GG". Na estreia, o corpo docente apresentou a importância de se desenvolver estudos gratuitos e dirigidos, como o "Aulão do Enem". Giu Vasconcelos explicou como é crucial buscar a clareza e coesão nos textos dissertativos argumentativos, ou seja, a tradicional redação. Ensinou alguns macetes para os alunos participantes e, ao final detalhou como o corretor de prova avalia, na atividade que corresponde até mil pontos na nota complementar. Na sequência foi a vez de "GG" mostrar o quão necessário se precisa estar concentrado, para absolver o aprendizado de maneira eficaz. Aplicou métodos teóricos e práticos de como nosso cérebro necessita de disciplina e descanso para funcionar bem, na hora das provas. 

   Apesar deste primeiro dia do "Aulão Preparatório Enem" ter ocorrido somente pela manhã, a partir da próxima semana deverá seguir no horário normal das 8:00 às 12:00 e, logo após o intervalo para o almoço, das 14:00 às 18:00. Os encontros serão divididos em duas etapas: 1ª de 12 de agosto até 02 de setembro; 2ª de 30 de setembro até 28 de outubro, dias antes da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, que este ano será em dois domingos (05 e 12 de novembro). Serão disponibilizadas aulas de Português, Redação, História, Geografia, Matemática, Física, Biologia e Química. Este núcleo de base - pioneiro em Goiânia - ocorre na sede do CRJ, situado na Avenida Independência, Setor Morais. O prédio - que estava abandonado - abrigava o antigo Tucano Hotel. Aluísio "Black" encabeçou a ocupação do espaço e, com investimentos públicos e privados transformou o local em um importante ponto de cultura e cidadania para os jovens da região. Oferece ainda aulas de dança, violão; possui estúdios de rádio e gravação de músicas. Em breve será desempenhado o "Movimento Cultural Darcy Ribeiro" em suas dependências. Onde será exibido filmes, apresentação de debates, palestras e atividades musicais, sobretudo voltadas ao Rap e Hip Hop, tribo social predominante por lá.  

    Karlos Cabral é presidente da Comissão de Educação, Esportes e Lazer na Assembleia Legislativa de Goiás. Graças ao empenho de seu mandato e equipe técnica, o desejo de levar ensinamentos gratuitos a estudantes com baixo poder aquisitivo foi concretizado. O parlamentar organizará no próximo dia 21 de agosto a Audiência Pública com a temática: "Plano Nacional de Educação: Desafios para sua real efetivação em Goiás". O evento será realizado no auditório área I da PUC Goiás e, contará com as presenças do reitor da UFG Edward Madureira e, a pró-reitora de extensão da PUC-GO Márcia de Alencar. E outros núcleos estudantis já estão em planejamento para a Capital e cidades do interior. No dia 24 de agosto o "Aulão do Enem" será iniciado também no setor Goiânia Viva, em parceria com o projeto social Renascer. A pretensão desta ação é trazer conhecimentos escolares, mas, junto disso, um meio de formação política para os adolescentes partícipes.   


Leonel Brizola e Darcy Ribeiro: Uma dupla essencial para a educação  


Os fundadores do Partido Democrático Trabalhista, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro desempenharam um papel de destaque nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Construíram os famosos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), pioneiros em ensino integral de qualidade para crianças. Além de entregarem um amplo e moderno espaço físico (projetados por Oscar Niemeyer), Brizola e Darcy se preocuparam em oferecer estudos dirigidos, atividades culturais, refeições completas (em horários variados) e, tudo isso com atendimentos médicos e odontológicos para estes meninos e meninas de origem humilde. A dupla pedetista tinha o sonho de levar esta experiência de sucesso para o restante do Brasil.   

No Ceará, alguns anos depois, o atual vice-presidente do PDT e presidenciável Ciro Gomes, junto com seu grupo político, realizou planos educacionais louváveis. Investimento maciço em qualificação dos professores; o que permitiu que as escolas do Estado cearense aparecessem com 77 das 100 melhores notas do IDEB nacionalmente. A meta é colocar em prática este sonho emancipador em todo o País. Para isso precisamos eleger Ciro Gomes presidente e, junto com ele, governadores, senadores e deputados progressistas que estejam em sintonia com a melhora decisiva nesta área tão relevante.   


Confira abaixo algumas fotos desse primeiro dia do "Aulão do Enem":  

 
 
 
 
 
 
 



                                       
                                      

quinta-feira, 20 de julho de 2017

A passagem de Fernando Haddad por Goiânia

Ex-prefeito de São Paulo esteve na capital goiana por dois dias, onde realizou palestras e concedeu entrevistas   




Por Paulo Henrique Faria  


Fernando Haddad é um professor formado em Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia. Ingressou pra valer na política no ano de 2001, quando aceitou o convite da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, para ser o Subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da cidade. Entretanto, foi só entre 2005 e 2012 que ganhou notoriedade nacional, quando comandou de forma elogiosa o Ministério da Educação dos governos Lula e Dilma. Haddad deixou a pasta para ser eleito prefeito da capital paulista. Na sua gestão fez vários quilômetros de ciclovias, revitalizou parques municipais, implantou melhorias no transporte e ensino público. Mesmo depois de um bom mandato, se viu – injustamente – derrotado nas eleições de 2016, para o marqueteiro e tucano empresário João Doria.  


Mas o petista não se abateu com o revés e, atualmente voltou a lecionar em universidades paulistanas. Nesta semana, Haddad desembarcou em Goiânia, para palestrar no 43º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (ENECO), que este ano foi realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG) e, contou ainda com as presenças do ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, além do vereador e ex-senador Eduardo Suplicy. A palestra magna ocorreu na última terça-feira (18/07) e levou um público superior a 400 pessoas, no Centro Cultural da UFG. No dia seguinte, o ex-prefeito concedeu algumas entrevistas exclusivas, dentre elas, uma para o blogueiro que vos escreve. Falamos sobre a condenação do ex-presidente Lula; possíveis chapas para 2018; ofensiva na Cracolândia; violência policial e reformas educacionais. Confiram abaixo a íntegra em vídeo da conversa:  


 



  


Haddad durante palestra na UFG: 





Entrevista na Rádio AM 730: 

 
Foto: Larissa Artiaga 
  


 Entrevista para a rádio Interativa FM:



terça-feira, 18 de julho de 2017

Ciro Gomes participou do ENECO 2017 em Goiânia

Pré-candidato ao Palácio do Planalto explicou o grave momento econômico que o País passa   

  
 Foto: Samuel Rodrigues


Por Paulo Henrique Faria 


O presidenciável pelo PDT Ciro Gomes esteve presente novamente em Goiânia nesta segunda-feira (17/07), para ministrar a palestra magna do 43º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (ENECO), que ocorre até o próximo sábado na Universidade Federal de Goiás (UFG). Este ano a temática foi: “Que País será Esse? A Amplitude das Soluções para o Desenvolvimento Socioeconômico Brasileiro”. Ciro já foi ministro da fazenda no Governo de Itamar Franco (1992-1995) e possui ainda especialização em Economia na “Harvard School Law”. Antes da apresentação universitária, Ciro concedeu entrevistas exclusivas para o jornal “Diário da Manhã”, o televisivo “Programa Paulo Beringhs”, depois foi para a rádio Interativa FM e, na sequência uma participação na TV UFG. (Ao final do texto postarei vídeos e fotos de algumas delas). 

            O evento durou quase três horas e, contou com uma ávida plateia de 800 pessoas. Também estiveram presentes os companheiros de partido de Gomes, o deputado estadual goiano Karlos Cabral, o vereador goianiense Paulinho Graus, além de membros da Juventude Socialista Pedetista local. Ciro foi recebido com um caloroso grito de “Fora, Temer!” e, explicou nos 50 minutos iniciais sobre como a macroeconomia brasileira se deteriorou nos últimos anos. Tudo por meio de ações neoliberais ineficientes e plutocratas dos últimos governos federais. Mencionou que nos últimos 40 anos o Brasil cresceu apenas 1% ao ano, enquanto países asiáticos como China, Japão e a Coréia do Sul prosperaram em números mais favoráveis de lá para cá. “No finzinho do primeiro governo Dilma, a China ganhou a concorrência pra fornecer os uniformes do Exército Brasileiro. Vocês imaginem o vexame! Aí nós demos um jeito lá de ‘rasgar os papéis’, o Tribunal de Contas ‘fechou os olhos’ com medo do Exército. Porque era o último nível de degradação simbólica, o Brasil uniformizar nossas Forças Armadas com indústria têxtil chinesa”, revela Ciro. 
  
            Ciro Gomes também respondeu à várias perguntas dos estudantes no auditório da UFG. Destacou nas intervenções que a dívida pública brasileira já chegou ao alarmante dado de 48,2% do orçamento total da União. Na ocasião, também elogiou o nome da auditora fiscal Maria Lucia Fattorelli, a quem mencionou como “minha amiga” e, que encampa o movimento “Auditoria Cidadã da Dívida”, desde o ano de 2001. “Como em bases primárias, ou seja, o que o governo arrecada, mais o que o governo gasta vai dar quase R$ 150 bilhões de déficit, nós não temos um pedaço de reserva para abater, nem um outro vencido da dívida este ano; que serão mais ou menos R$ 482 bilhões em 2017. Então se somarmos esses valores, nos aproximamos de incríveis R$ 1 trilhão, em um giro de um ano”, explica o ex-ministro.  

            Nesta terça-feira as palestras com grandes figuras políticas nacionais continuam no ENECO, com a presença do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e, amanhã, dando prosseguimento o vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT). Ambos possuem mestrados em Ciências Econômicas.   


Entrevista de Ciro Gomes ao site do jornal Diário da Manhã:  





 Entrevista de Ciro Gomes ao programa DQD da rádio Interativa FM:  

 


Confira mais fotos da passagem de Ciro Gomes aqui por Goiânia. Crédito do fotógrafo Samuel Rodrigues: 

 
 
                                                                         
 
 
 



quarta-feira, 12 de julho de 2017

Ciro Gomes ataca o ‘modus operandi’ neoliberal do PMDB

Ex-ministro da fazenda criticou nesta terça a aprovação da reforma trabalhista, na palestra proferida em Goiânia   





Por Paulo Henrique Faria
  

O presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes ministrou palestra ontem (11/07) em Goiânia, no Congresso Estadual da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em Goiás. Antes do evento ter início, ele concedeu uma coletiva de imprensa que durou 30 minutos. Já na tribuna, falou por duas horas sobre os principais desafios de se garantir a importância e, a existência dos sindicatos por todo o país. Revelou maneiras de se enfrentar a crise econômica brasileira e, a necessidade de combater as injustas reformas trabalhista e previdenciária, que estão na iminência de serem aprovadas. Segundo o pedetista, esta tática foi recorrentemente aplicada pelas gestões macroeconômicas neoliberais mundo afora. “Essa agenda de desmonte de sindicato, de desfinanciar sindicato, de quebrar o eixo do movimento dos trabalhadores, para aviltar salários e, transformar em commodities, ou seja, em mercadoria, isso é sistematizado pela Margaret Thatcher. Ali no princípio dos anos 80. E agora, essa turma está repetindo o velho ‘modelo thatcherista’ que já fracassou completamente na Inglaterra e no restante dos países”, explica Ciro Gomes. 

  
                   Ciro Gomes durante sua fala na palestra da CSB em Goiânia


          Compuseram ainda a mesa palestrante, o presidente nacional da CSB, Antonio Neto, os vereadores goianienses Paulinho Graus (PDT), Drª Cristina Lopes (PSDB), Kleybe Morais (PSDC), Gustavo Cruvinel (PV), além de líderes sindicais. O evento ocorreu no Alpha Park Hotel e terá programação até a próxima sexta-feira. Na segunda que vem (17/07), Ciro regressará à Goiânia para falar no 43º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (ENECO), que nesta edição será realizado na Universidade Federal de Goiás e, terá além de Ciro, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) – na terça – e o vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT) na quarta. Na semana que vem, o blogueiro que vos fala fará uma entrevista especial com o trio e trará detalhes da cobertura do congresso econômico.    



Confira no link abaixo a palestra realizada em Goiânia na íntegra: 
  https://www.youtube.com/watch?v=h9_9O2NA1BY

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Perca dinheiro agora, pergunte-me como!

Documentário “Betting on Zero” desmascara de maneira definitiva o esquema piramidal da Herbalife no mundo 



  

Por Paulo Henrique Faria 


O ótimo documentário “Betting on Zero”, que entrou no catálogo da Netflix em junho é um registro revelador. Dirigido por Ted Braun, ele explica as minúcias da canalhice econômica que a multinacional Herbalife realiza. A empresa norte-americana “especialista” em fabricação de produtos para suplementos nutricionais, vende uma ideia deturpada de emagrecimento e alimentação saudável. Entretanto, várias pessoas já passaram mal ao ingerir tais itens, ao ponto, de diversos nutricionistas de inúmeros países rechaçarem fortemente o uso de shakes, chás, sucos e barras de cereais da marca.    

            O filme destaca, sobretudo, o lado explorador financeiro da Herbalife, que se mostrou como o maior esquema de pirâmide de todos os tempos. A fraude lá nos Estados Unidos (EUA) teve como maiores vítimas: imigrantes latinos, que sonhavam em prosperar monetariamente no novo país, além de cidadãos estadunidenses de classe média baixa. Os representantes da empresa atraiam estas pessoas e prometiam lucros rápidos com as vendas. Assim, os explorados alugavam salas para estabelecer o seu “Clube de nutrição”. Eram ainda constantemente instigadas à comprarem uma quantidade excessiva de mercadorias, com o engodo de que quanto mais compravam, mais venderiam e, assim ganhariam pontos na hierarquia empresarial. Entretanto, a grande maioria dos vendedores não conseguiam comercializar metade dos produtos adquiridos e, tampouco tinham êxito em atrair novos parceiros para ajuda na revenda. Resultado? Os indivíduos contraiam dívidas que ultrapassavam a média de US$ 8 mil cada.  

Dois exemplos de vítimas que conheço bem de perto aqui no Brasil são minha mãe e tia. Ambas trabalharam por mais de dois anos como representantes da Herbalife aqui na minha cidade – Goiânia – e juntas tiveram o dissabor de obter mais de R$ 20 mil de ônus. Um ícone de luta contra as arbitrariedades impostas nesta situação toda é o da professora e ativista Julie Contreras. Filha de mexicanos, caiu no golpe e, quando se deu conta da trapaça resolveu encampar protestos e reuniões contra a Herbalife. Organizou uma representação jurídica e tudo, junto com seus parceiros da comunidade. Atualmente Julie é a maior crítica entre os ex-participantes da empresa e, exerce a interessante presidência da League of United Latin American Citizens (LULAC). Contreras também se tornou uma notável lutadora pelos direitos civis de migrantes sem documentação nos EUA.  

            Além de bombásticas entrevistas e, lutas judiciais encampadas pelas vítimas que foram enganadas pela Herbalife, o “Betting on Zero” apresenta como personagem principal o investidor e ativista milionário Bill Ackman, que em dezembro de 2012 realizou uma apresentação com mais de 300 slides para uma grande plateia, explicando como a empresa praticava condutas abusivas contra seus colaboradores e clientes. “Você tem milhões de pessoas de baixa renda em todo o mundo que investem na Herbalife as suas esperanças de se tornarem milionários e eles foram enganados”, revelou Ackman. Cidadãos de países desenvolvidos como Holanda e Coréia do Sul e, em desenvolvimento como Vietnã e Chile, entraram desavisadamente no esquema global. Naquela época, Ackman se juntou com um grupo de apostadores e resolveram “entrar de sola” contra a multinacional. Fizeram uma série de apostas nas bolsas de valores, que resultaram na queda das ações do alvo de US$ 42,50 para US$ 26 em poucas horas após a palestra. 
  
Entretanto, dois bilionários rivais de Ackman se inseriram na disputa; o primeiro foi Daniel Loeb, que em 9 de janeiro de 2013 comprou – de maneira oportunista – 8,9 milhões de ações da Herbalife, o que equivale a 8,24% da companhia. Isso fez com que as mesmas crescessem em dez pontos. Uma semana depois, foi a vez do também bilionário Carl Icahn alegar na mídia que também havia comprado partes da Herbalife. Ackman é um desafeto confesso de Icahn, pois ambos já se enfrentaram no banco do tribunal, com melhor sorte para o primeiro, que recebeu alguns milhões de indenização. Icahn se tornou um dos investidores mais temidos de Wall Street, mas, sua fama de arrogante e perseguidor, logo se alinhou ao do bufão amigo, o presidente americano Donald Trump. Por isso mesmo, Carl foi nomeado, no final do ano passado, como conselheiro especial para assuntos de regulação da Casa Branca. Que tríade de ricaços calhordas!

            Outro abastado cara de pau, que Ackman teve que combater de maneira efetiva, foi o até então CEO Michael O. Johnson, que anos atrás deixou a direção da Disney para assumir o posto de chefão da Herbalife. Johnson fez a firma crescer de maneira gigantesca nos últimos dez anos. Realizava várias conferências incentivadoras – que mais pareciam pregações evangélicas – e investiu pesado no marketing, contratando vários esportistas do calibre de David Beckham, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi para serem os garotos propagandas. Todavia, o “capitão” Michael abandonou o “navio” pouco depois da Comissão Federal de Comércio impor uma multa de US$ 200 milhões para a Herbalife. Apesar de todo o revés, a Herbalife continua a enganar pessoas desde a sua fundação em 1980.   

Bill Ackman alega que não desistirá enquanto as ações da rival chegarem a zero, tal qual o título da obra fílmica indica. Ackman prometeu que os milhões que conseguir nesta batalha serão doados para instituições de caridade, dentre as quais estão LULAC e família latina unida, na qual fez questão de visitar e ouvir seus indignados membros. Mais do que um exemplo de jornalismo investigativo, “Betting on Zero” nos mostra de maneira clara como esquemas de redes de distribuidores independente precisam ser extintos. Está mais do que evidente que apenas meia dúzia de diretores e presidentes das mesmas lucram. Tudo por meio de um repasse absurdo de dinheiro de quem está embaixo na cadeia empresarial para os “grandões” de cima. O capitalismo selvagem precisa ser combatido diariamente. Espero que a Herbalife venha a falência o quanto antes e, que estas práticas desleais sejam reduzidas até desaparecerem completamente algum dia. Pelo bem da humanidade e, para uma vida – de fato – melhor. Como diria os imigrantes latinos do filme: “Afuera herbalies!”.



Confira o trailer de Betting on Zero: 
 


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Governos populares são voltados para a classe trabalhadora do país




Por Paulo Henrique Faria


Em tempos difíceis na política nacional é necessário restabelecer as boas iniciativas realizadas pelas importantes figuras populares do passado. Como disse o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes: “É preciso mostrar exemplos ao invés de falatório”. Nessa perspectiva positiva, surgem os nomes dos dois melhores presidentes que o país já teve: Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Ambos imprimiram planos cruciais para desenvolvimento econômico e social de nossa nação. Investiram fortemente na estatização de companhias petrolíferas, siderúrgicas e, também na geração de energia elétrica. Abriram espaço para industrialização nas grandes cidades brasileiras e ampla geração de postos de trabalho. Responsáveis diretos ainda, por obras de ampla infraestrutura pelo Brasil afora. Entretanto, mesmo com suas grandes contribuições para a população – sobretudo para os mais pobres – os dois líderes progressistas foram alvos de incontáveis ataques de adversários políticos. Difamados e caluniados durantes anos, por grandes empresários da mídia, chefes militares e demais parlamentares oposicionistas. Estes oportunistas agiam desta forma, porque tanto Getúlio, quanto JK, não permitiram a entrega das nossas riquezas econômicas aos países estrangeiros. Eram verdadeiros nacionalistas preocupados com o crescimento de nossa terra e nosso povo. Getúlio Vargas por exemplo, implantou em 1943 a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Essa regulamentação proporcionou que os trabalhadores tivessem direito a salário mínimo, férias anuais, acompanhamento médico, previdência social e licenças.    

            Mesmo assim, a pressão foi tamanha, ao ponto que Getúlio Vargas se matou em agosto de 1954 e, assim adiou o golpe militar em pelo menos dez anos. Seus nobres feitos e legado popular foram seguidos por Juscelino e o vice João Goulart (Ministro do trabalho de Getúlio). Quis o destino que após o ótimo mandato de JK, Jango fosse novamente eleito vice-presidente e, com a renúncia de Jânio Quadros em 1961 pôde assumir o cargo de presidente junto com Tancredo Neves. Mas esta posse só foi garantida depois de muita resistência e combatividade do então governador do Rio Grande do Sul à época, Leonel de Moura Brizola. Por meio da “Campanha da Legalidade”, Brizola denunciava a tentativa de mais um golpe de forças militares e reacionárias contra o regimento da democracia. Diferente de Michel Temer, João Goulart foi o mais votado e, portanto, escolhido pelo povo para o honroso cargo de vice nas eleições de 1960.    

Infelizmente, o mandato de Goulart – a quem os inimigos taxavam erradamente de comunista – foi interrompido no dia 31 de março de 1964. O exército brasileiro, liderado pela ganância de poder de generais inescrupulosos, tomou as ruas e o palácio do planalto em Brasília. A constituição brasileira sofrera um duro golpe. Importantes nomes da política como os próprios Juscelino Kubitschek, João Goulart e Leonel Brizola tiveram seus mandatos cassados. Além disso, a classe artística composta por grandes nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram praticamente expulsos do país. Nestes tempos difíceis, a censura, truculência e corrupção prevaleceram em nossa sociedade.      




Brizola e o PDT  

Essa triste realidade só começou a mudar em 1979 com a promulgação da “Lei da Anistia”. Esta determinação propiciou a volta dos exilados políticos. Neste mesmo período, Leonel Brizola retornou ao Brasil e fundou uma importante nova sigla, o Partido Democrático Trabalhista (PDT). O símbolo e/ou logomarca entrega a síntese de objetivo da nova composição partidária. A “mão” representa a força do trabalhador e a “flor vermelha” a compaixão que o mesmo tem para com seus compatriotas. Brizola, que já havia erradicado o analfabetismo infantil no estado gaúcho, foi eleito governador do Rio de Janeiro em 1982. Mesmo contra as armações da Globo e seus aliados, conseguiu importantes conquistas sociais. Construiu, em parceria com os saudosos Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer, os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs). Isso possibilitou que milhares de crianças carentes fluminenses estudassem com melhores qualidades de ensino e estrutura física modelo.   

A educação e o bem-estar social, aliás, foram duas bandeiras levantadas por Brizola e o PDT desde então. O partido também foi importante na luta pelas causas indígenas, proposição da reforma agrária e mais direitos para as mulheres. Brizola foi um dos líderes das “Diretas Já”, movimento civil lançado em 1984 que determinava o anseio popular de se poder votar novamente, depois de mais de 20 anos de ditadura. Leonel de Moura Brizola ficou marcado como um defensor ferrenho da democracia, combatente da corrupção e um diminuidor da desigualdade social. Começou sua exemplar trajetória política na década 1940 no Rio Grande do Sul, como prefeito da capital Porto Alegre e, depois foi deputado estadual e governador. Logo após, se elegeu deputado federal pelo extinto estado da Guanabara e, ainda obteve dois mandatos de governador no Rio de Janeiro, posteriores à redemocratização. Foram mais de 50 anos de vida pública, cumpridos com determinação e honestidade. Atributos que são cada vez mais raros atualmente. Brizola nos deixou em 21 de junho de 2004, porém, seu brilhantismo perdura; como uma de suas excelentes frases entrega: “A educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados”. 



quarta-feira, 10 de maio de 2017

A onda extremista que se tornou uma marola

Líderes da extrema-direita pelo mundo sofrem acachapantes derrotas 




  
Por Paulo Henrique Faria

“(...) O fascismo é fascinante, deixa a gente ignorante e fascinada (...)”, disse o poeta gaúcho do rock Humberto Gessinger. A Europa que já se viu dominada pela extrema-direita nos tempos de Hitler, Mussolini e Franco, recentemente voltou a flertar com seguidores desta ideologia doentia. Entretanto, à cada eleição realizada, esta “onda reacionária” se mostra apenas como algo cíclico e ineficaz. A percepção pessimista começou com o Brexit na Inglaterra e, logo em seguida com a infeliz vitória do abobalhado Donald Trump nos Estados Unidos (EUA). Especulou-se que dariam força para que outros líderes conservadores conseguissem êxito dali em diante. Ledo engano.
   
            Essa virada teve início ainda em dezembro do ano passado, quando o ecologista Alexander Van der Bellen venceu a eleição presidencial na Áustria, contra justamente o candidato da extrema-direita Norbert Hofer, que pasmem, está no partido FPÖ, fundado por ex-nazistas. Outro derrotado no movimento da direita radical europeia foi Geert Wilders. O holandês se espelha em Trump – inclusive no penteado – mas foi vencido pelo atual primeiro ministro Mark Rutte. Wilders tem ideias xenófobas e, se eleito prometia expulsar imigrantes refugiados, além de propor a saída da Holanda da União Europeia.   

            Nesta semana, a extrema-direita sofreu mais dois duros golpes democráticos. Primeiro na França e depois na Coréia do Sul. No domingo (07/05) o centrista Emmanuel Macron derrotou Marine Le Pen e se tornou o mais jovem presidente da França. Não que Macron seja o melhor dos mundos – longe disso aliás – mas sua visão de mundo é progressista. O oposto de Le Pen, que assim como o colega holandês, queria impor duras leis anti-imigração e o Frexit. Por mais que Macron seja um ex-banqueiro e tenha ideias econômicas mais liberais, seu governo deverá ser composto por figuras da esquerda francesa do Partido Socialista. Ele é especialista em economia e totalmente contra a saída da França da zona do euro. Afinal, não é fechando as fronteiras e voltando para o Franco que irá se combater o alto índice de desemprego por lá. Macron é dialogável, Le Pen não. E os resultados finais mostraram que os franceses se uniram para derrotar Marine, que ficou com somente 33,94% dos votos, ante os 66,06% de Macron. Foi uma verdadeira surra eleitoral, tal qual o pai Jean-Marie Le Pen sofrera há 15 anos. O patriarca da família Le Pen é aquele mesmo que declarou que o holocausto foi um mero “detalhe” na história.  

 O segundo revés da parte conservadora de grandes nações foi proferido pela eleição presidencial de ontem, do candidato de centro-esquerda Moon Jae-In, na Coréia do Sul. Moon é um líder ativista que sempre lutou pelas causas de Direitos Humanos. Ele pertence ao Partido Democrático e promete tentar restabelecer contatos com seus vizinhos norte-coreanos. Esta postura é levada em pauta, pois o novo presidente é filho de refugiados da parte nortista, que migraram durante a “Guerra das Coréias” nos anos 50. Este pleito só foi possível após o impeachment da ex-presidente Park Geun-Hye, que esteve envolvida em corrupção. Este caso inclusive, tem processos com diferenças sensíveis em relação ao Brasil. Aqui Dilma Rousseff foi deposta por pedaladas fiscais que não configuram como crime de responsabilidade. Soma-se o fato de no país asiático terem realizado novas eleições, enquanto pros lados de cá quem assumiu o poder foi justamente o vice conspirador. Com caráter conciliador, Moon quer continuar aliado dos EUA, mas pretende rever a instalação da base militar americana em solo sul-coreano. Afinal, o que Trump ganha ao querer bater de frente com Kim Jong-un? Guerras devem ser evitadas a todo custo!   

Em 2018 haverá eleições para presidente aqui no Brasil. E a tendência é que mais uma vez a extrema-direita sofrerá merecida derrota. Jair Bolsonaro (PSC) tem chances remotas de vitória e, diferente de seus semelhantes europeus, não tem plano de governo, capacidade intelectual e tampouco preparo para o cargo máximo da nação. Certamente será presa fácil para o preparadíssimo Ciro Gomes (PDT) nos debates e campanha. A extrema-direita sempre pregou a disseminação de preconceitos e discriminação. Possuem abertamente posturas xenófobas, racistas, misóginas, machistas e violentas. Acreditam no reducionismo do armamento civil para redução da criminalidade. Uns se dizem protecionistas/estatistas, mas no núcleo econômico são verdadeiros entreguistas de riquezas naturais aos grandes capitais estrangeiros. Adolf Hitler na Alemanha, Augusto Pinochet no Chile e os generais ditadores brasileiros são exemplos claros disso. Ter discurso – demagogo – focado no Estado não impede que essa escória pratique o capitalismo selvagem e/ou neoliberalismo, ok, amigos petistas que defenderam Le Pen e Trump?! Além da importante eleição de um líder de esquerda no Brasil, espera-se que Macri e Trump também percam suas reeleições. Por isso, nós do campo progressista devemos nos unir para banir de vez esse espectro ideológico desumano e plutocrata da política. O futuro de uma sociedade mundial harmoniosa e, cada vez menos desigual, depende fortemente disto. 


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Banda americana de Carlos Zema concorre para abrir shows do Metallica




Por Paulo Henrique Faria

A banda americana Immortal Guardian é liderada pelo vocalista brasileiro Carlos Zema (Ex-Heaven’s Guardian e Vougan). O quarteto vive agora a expectativa de abrir os shows do gigante METALLICA, lá na terra do Tio Sam. Isso mesmo, nessa sexta (14/04) foi aberta votação pela internet, para escolher o grupo vencedor. Vamos dar uma força para o Zema? Pra votar é muito simples: Basta entrar no link do site oficial do Metallica: https://metallica.com/blog/news/444602/hit-the-stage-with-us-this-summer. A opção está em “Hit the Stage Finalists”, aí você vai até “Hit the Stage” e escolhe: “Immortal Guardian / San Antonio / 99.5 KISS Finalist”. Pronto!  

A Immortal Guardian já lançou dois ótimos trabalhos: “Super Metal Edition Z” de 2013 e “Revolution; Part 1” em 2014. Ambos foram bem recebidos pelo público e crítica especializada. Esses registros contaram ainda com a participação especial do renomado produtor ROY Z, que já produziu pesos pesados do Metal como: Bruce Dickinson, Rob Halford, Judas Priest, Helloween, Sepultura e Andre Matos. Essa boa aceitação rendeu apresentações no “South by Southwest” (SXSW), X-Games - ambas em Austin nos Estados Unidos - e até na Rússia!

 Eu conversei com Carlos, pra falar sobre a expectativa no concurso e, ele me disse: “Nós passamos da primeira fase e agora é decisivo. A escolha vai até o dia 25 de abril. Essa é a chance de nossas vidas. É sem dúvida, a maior chance que eu já tive, em termos de carreira. É a oportunidade de representar o Brasil aqui na ‘gringa’ ", afirmou o cantor.

Os concorrentes são páreo duro, entretanto, a Immortal Guardian está bem cotada e pode ter a grande chance de se tornar conhecida mundialmente. “As bandas que estamos concorrendo são gigantes. Como a Mothership, que tem vários fãs na internet e já fizeram várias turnês. Se abrirmos essa turnê com o Metallica, vamos com certeza assinar contrato com uma gravadora massa e, finalmente meter as caras na estrada como uma banda profissional!”, revela o entusiasmado Carlos Zema.     

 Carlos Zema fez questão de gravar um vídeo pedindo o voto e apoio de seus conterrâneos brasileiros:



terça-feira, 28 de março de 2017

Os tiros da imprensa em Ciro saíram pela culatra

Grande mídia faz crítica oportunista contra o presidenciável, mas os ataques serviram como divulgador de sua pré-campanha    








  













Por Paulo Henrique Faria
                 

            Nos últimos dias, Ciro Gomes se tornou o alvo preferido da mídia pelega e alinhada a políticos da Direita e, claro, à intoxicação ideológica neoliberal que lhes são peculiares. O motivo foi uma declaração metafórica que Ciro proferiu, em uma entrevista concedida ao jornalista Luis Nassif, na qual o pedetista disse que se Moro o prender, sem que se tivesse cometido irregularidades, receberia “a turma dele na ‘bala’ ”. Obviamente, Ciro usou uma força de expressão, uma vez que é um homem do Direito e do Progressismo e, portanto, não atiraria em ninguém. Mesmo assim, alguns incautos levaram a afirmação ao pé da letra. 

A crítica contundente de Ciro foi posta pelas recorrentes arbitrariedades midiáticas que Sérgio Moro e, o promotor Deltan Dallagnol vêm empregando. Incriminação sem provas concretas em rede nacional; condução coercitiva sem que o investigado tenha se recusado a depor; divulgação ilegal de grampos telefônicos; e, mais recentemente, o colega blogueiro Eduardo Guimarães foi conduzido de sua casa – à força e ao amanhecer do dia – tudo porque é um crítico ferrenho ao juiz de Curitiba. Uma clara intimidação à opinião contrária. 

Ciro Gomes foi difamado em diversos sites plutocratas como: O Globo, Rádio Jovem Pan, Rádio Bandeirantes, Veja, InfoMoney, Exame, Folha de São Paulo, Uol e, claro, pelos insignificantes do MBL. Mas por que toda essa ira contra o ex-ministro? A resposta é muito simples: medo. O “Partido da Imprensa Golpista” (PIG) já entendeu que se Lula não vir a ser candidato – o que parece ser mais provável que ocorra – Ciro Gomes deverá herdar boa parte do eleitorado lulista e, assim vir forte para vencer a eleição presidencial de 2018.   

Esses ataques tendem a ficar cada vez maiores, na medida em que Ciro cresça nas pesquisas de intenções de voto. Aliás, essa prática é repetitiva e antiga, haja visto que como não podem ataca-lo por casos de corrupção ou fracassos de gestões passadas, visam discursos recriminando seu temperamento forte. Entretanto, o “tiro saiu pela culatra”, pois com a grande divulgação da frase polêmica de Ciro, seu nome foi apresentado para boa parte dos que não o conheciam ou não sabiam de suas pretensões de chegar ao Palácio do Planalto. Para se ter uma ideia da repercussão, o Google Trends dos últimos dias apontou um pico de buscas pelo nome de Ciro Gomes (como é possível ver mais abaixo). Essa viralização na mídia e internet é mais expressiva que um Trending Topics no Twitter, por exemplo. No Facebook, houve milhares de compartilhamentos e comentários. Atingiu milhões de pessoas, desta maneira. Fizeram uma espécie de marketing involuntário (cabe aqui a velha, mas pontual expressão: “falem bem, falem mal, mas falem de mim”). Tentaram queimar Ciro, mas, a verdade é que lhe deram um respeitável palanque. É, parece que o feitiço virou contra os feiticeiros do PIG. 

            

Números de buscas por Ciro Gomes disparam no Google, nos últimos dias: