Presidente nacional do PDT veio até Goiânia nesta quarta para lançar seu livro-denúncia e aproveitou para realizar articulações em Goiás para as eleições deste ano
Por
Paulo Henrique Faria
O presidente nacional do PDT,
Carlos Lupi, veio até Goiânia nesta quarta-feira (12/02) para lançar seu novo
livro, intitulado “Um golpe contra os trabalhadores”. O evento ocorreu no
início da noite de ontem, no renomado Castro’s Park Hotel. O acontecimento
também serviu para o cacique pedetista referendar a pré-candidatura à prefeitura
do vereador Paulinho Graus, que está no seu terceiro mandato de vereança na
capital goiana e foi o anfitrião.
Estiveram
presentes várias lideranças políticas de Goiás, com destaque para os deputados
estaduais Karlos Cabral (PDT), Bruno Peixoto (MDB), além de vereadores
goianienses como Anselmo Pereira (PSDB), Sabrina Garcez (Sem Partido), Paulo
Magalhães (PSD), Felizberto Tavares (PL), dentre outros.
O
presidente Carlos Lupi concedeu, antes do início oficial, uma coletiva de
imprensa em que ratificou o seu apoio a Paulinho Graus como candidato do
partido pela corrida ao Paço Municipal. “O Paulinho é um nome de confiança nosso
desde quando entrou no PDT há mais de 12 anos. Ele está fazendo uma costura interessante e
propondo uma nova via para cidade”, afirma.
Paulinho Graus comentou sobre o deslocamento de Lupi até Goiás e
complementou acerca das expectativas de concorrer ao cargo de prefeito, agora
em 2020. “É um orgulho receber o presidente nacional do partido, o que me
engrandece muito a presença dele. Eu sou pré-candidato a prefeito pelo partido.
Isso é irreversível. A vinda do presidente Lupi pra Goiânia só me engrandece e
o sonho que tenho de ser prefeito dessa cidade”, revela.
Livro denunciador
Carlos
Lupi fez questão de agradecer a todos os presentes e comentou que sua obra
bibliográfica recente aborda perseguições que a classe trabalhadora sofreu e
sofre nos Governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. “A escritura desse livro é para alertar o
trabalhador, porque está se aviltando o direito dele”, explicou.
Ex-Ministro
do Trabalho no Governo de Dilma Rousseff, Lupi disse que achou um absurdo a
extinção da pasta trabalhista no início de 2019. “Quer dizer, todo regime autoritário militar,
pelo menos ele respeitava a representação do trabalhador”,
condena.
Polêmica envolvendo o PT
Presidente nacional do PDT desde a morte de
Leonel Brizola em 2004, Carlos Lupi compareceu à festa de 40 anos do PT, no
último sábado (08/02). Na ocasião discursou em busca de um bom relacionamento
do Campo Progressista, mas também fez apontamentos contundentes contra o
hegemonismo lulopetista. “Precisamos nos aglutinar, nos juntar, para resistir e
elaborar projeto comum para ganharmos o povo brasileiro no campo das ideias e,
depois, discutirmos quem terá melhores condições de ganhar a eleição em 2022”,
salienta.
Ao ser perguntado sobre o fato, comentou ele,
que o “D” [do PDT] de democrático não pode ficar só na sigla. “Estive na festa
do PT, estive ontem [terça-feira] lançando candidato na Bahia com uma possível
aliança com o DEM. Hoje nós estivemos em Brasília, em uma frente nova que
estamos criando (PDT, PSB, Rede e PV)… Então, a pluralidade é a marca
democrática nossa”, reforça.
Lupi foi duramente criticado por parte expressiva da militância
“cirista” nos últimos dias, por conta do comparecimento às festividades
petistas. Ele disse compreender as críticas, mas deixa claro que a sigla não
abrirá mão de lançar Ciro Gomes à presidência em 2022. “Esse Brasil, que é
multifacetado, precisa ter uma representação de quem realmente o conheça
verdadeiramente. E eu percebo claramente que a população se convence de que o
Ciro é a pessoa mais preparada para presidir o País. Estamos andando o País. O
Ciro tem andado o Brasil todo na construção do nosso projeto”, finalizou.
Vejam
abaixo dois vídeos sobre o evento ocorrido em Goiânia nesta quarta-feira. O
primeiro trecho mostra parte do discurso de Carlos Lupi e o segundo abrange a
cobertura com comentários da rádio goiana Sagres:
Algumas fotos do lançamento:
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