Por Paulo Henrique Faria
Motivado pelo quadro “mata-mata”
do ótimo programa futebolístico “De Placa” – veiculado no Esporte Interativo –
da última sexta-feira (27/12), resolvi escrever esse texto. Lá eles realizaram
uma disputa entre os principais nomes que penduraram as chuteiras nesse ano
que, aliás, se encerra amanhã. Concordei com algumas escolhas e senti falta de
outras grandiosas figuras.
Não estabelecerei aqui um ranking de
ordem pessoal. Mas evidentemente que destacarei mais uns em detrimentos de
outros. Entre os craques que pararam, minhas maiores deferências irão para o
magistral meia espanhol Xavi Hernández (o melhor segundo volante que vi jogar);
o super ponta holandês Arjen Robben, além do rápido e matador atacante camaronês
Samuel Eto’o.
Xavi e Eto’o são grandes ídolos do
Barcelona. Pilares incontestes dos times campeões da Champions League dos anos
2000. Xavi tem o plus de ter sido peça-chave no meio-campo da Seleção Espanhola
que venceu, justamente, a Holanda de Robben na Copa do Mundo de 2010. Os dois
ídolos culés já definiram seus rumos após a aposentadoria. O espanhol se
tornou técnico e já dirigi o time catari que encerrou a carreira, o Al-Sadd. Me
parece que ele quer trilhar caminho semelhante ao de Pepe Guardiola. Já Eto’o
vai cursar Economia na prestigiada universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Dos três, quem poderia jogar um pouco
mais em alto nível certamente é Robben. Ele encerrou com apenas 35 anos. Teve
grande passagem pelo Chelsea; foi por muito tempo o craque do Bayern de Munique,
dominante na Alemanha e também campeão continental. E claro, foi um dos
principais nomes da Seleção Holandesa dos últimos anos. O craque ainda não
definiu como será sua ocupação de agora em diante. Mas a tendência é se tornar
um dirigente.
Outros jogadores que terminaram suas
brilhantes carreiras são os ótimos Wesley Sneijder, Robin Van Persie, Bastian
Schweinsteiger, Petr Cech, David Villa, Fernando Torres, Diego Forlán, Andrea
Barzagli e Darío Conca. Todos com grandes destaques em suas respectivas
seleções e/ou grandes times pelos quais passaram. Vão certamente fazer muita
falta ao futebol.
Brasileiros
que penduraram as chuteiras
Além dos estrangeiros que colocaram um
ponto final na vida de atleta profissional, temos também os brazucas. Um dos
grandes zagueiros que tive o privilégio de acompanhar, Juan, foi um deles. O
carioca começou e encerrou no Flamengo. Mas foi com a camisa do Brasil e de
grandes times europeus como Bayer Leverkusen e Roma que mostrou toda sua
capacidade. O bom zagueiro Edu Dracena (Guarani, Cruzeiro, Santos e Palmeiras)
também entrou pra lista de ex-jogadores. Assim como o forte meia-atacante Julio
Baptista (São Paulo, Sevilla, Real Madrid, Arsenal e Cruzeiro) e o eficiente
atacante Jonas, ídolo do Santos, Portuguesa, Grêmio, Valencia e, principalmente,
Benfica. Menção honrosa a Dagoberto que foi campeão brasileiro por Athletico Paranaense, São Paulo e Cruzeiro. Ele finalizou em setembro atuando pelo Londrina.
Ídolos
na iminência de parar
Pra além dos já mencionados
boleiros que findaram suas extraordinárias trajetórias, temos os que estão bem
próximo de seguir o mesmo caminho. Os nomes com maiores relevância nesse
quesito são, com certeza, o grande centroavante sueco Zlatan Ibrahimovic (que
até acertou sua volta ao Milan), o meia habilidoso francês Franck Ribéry (com
contrato com a Fiorentina), o meia espanhol mais técnico de todos Andrés
Iniesta (atualmente no Japão), vitorioso goleiro Iker Casillas (que tem um problema
cardíaco) e aquele arqueiro que mais me impressionou até hoje, o ícone italiano
Gianluigi Buffon. Os cinco fizeram história e farão muita falta para os
gramados mundiais.
Por isso, aproveitem cada instante dos
jogos destes caras. Daqui alguns anos os dois maiores desta geração Lionel Messi
e Cristiano Ronaldo igualmente vão parar. O que fica são os títulos, feitos individuais,
gols e as grandes jogadas. Para o jogador, mas continua a pessoa e seu legado
para as quatro linhas!